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Abstract
Este artigo propõe-se a construir uma cartografia dos sentidos atribuídos por
trabalhadores rurais às experiências de ocupação e de acampamento. Para isso realizo um
estudo de caso junto ao Assentamento José Lourenço, situado no município de
Chorozinho, Estado do Ceará. Este trabalho acompanha a formação e dinâmica dessas
conexões e problematiza as tentativas de ruptura desses agentes com o modelo molar de
representação da sociedade e as produções moleculares como invenção social. Trata ainda
de identificar as condições nas quais se gestam a ocupação e o acampamento; de descobrir
as singularidades produzidas e vivenciadas em cada etapa da luta pela terra; de dar
visibilidade às criações para a gestão dos conflitos oriundos do fora e do dentro e de
perceber no interior da insubordinação lutas pelo reconhecimento da diferença.