Files
Abstract
As incubadoras de empresas de base tecnológica existem desde os anos 50. No Brasil,
elas surgem a partir dos anos 70 nos chamados ‘sciences parks’ ou parques
tecnológicos. Tais incubadoras têm por objetivo principal hospedar pequenas empresas
produtoras de inovação e de alta tecnologia para que, num certo período de tempo
possam ser autônomas em sua gestão. Inspiradas deste modelo surgem no Brasil, em
meados dos anos 90, as chamadas Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas
Populares (ITCP’s) voltadas para um público excluído de um ponto de vista sócioeconômico
e de acesso aos mecanismos de exercício da cidadania. Desde esta época
temos observado um crescimento significativo das ITCP’s, importante vertente da
extensão universitária brasileira que vêm contribuindo para o apoio e fomento à grupos
econômicos solidários urbanos e rurais na perspectiva mais ampla de construção da
economia solidária. O presente trabalho, resultado de uma pesquisa de tese de
doutorado, apresenta um estudo comparativo entre as incubadoras de empresas de base
tecnológicas e as ITCP’s na perspectiva de estabelecer semelhanças e diferenças entre
as mesmas na perspectiva de sistematizar uma modelização principalmente da
experiência das ITCP’s. Analisar a natureza do trabalho das incubadoras e a natureza
das empresas criadas foram os nossos objetivos principais. No que se refere à primeira
categoria a comparação se dá a partir das instituições promotoras das incubadoras, de
suas missões e objetivos, do tipo de projeto ao qual elas se dirigem, do tipo de serviçoofertado, do modelo de financiamento e do contexto (caracterizado pelo
entorno onde a incubadora exerce suas atividades). Finalmente na segunda categoria de
critérios temos como parâmetros comparativos a idade e o nível de escolaridade dos
membros, o ramo de atividade, a estimativa do volume de negócios, o número de
associados e o tempo de permanência das empresas na incubadora