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Abstract

Com a globalização, muitos aspectos anteriormente pouco valorizados como qualidade, segurança, higiene alimentar e confiabilidade no produto tornaram-se indispensáveis quando se observa o comportamento do consumidor. A partir deste contexto, este estudo tem como objetivos caracterizar os processos da rastreabilidade no Brasil, apontando as vantagens e desvantagens do mesmo, considerando dois elos da cadeia produtiva da carne bovina (frigoríficos e produtores). Com base no estudo realizado, é possível inferir que o SISBOV foi uma forma encontrada pelo governo para identificar o rebanho bovino e bubalino brasileiro, visando garantir a rastreabilidade dos animais e manter as exportações da carne bovina, principalmente para a União Européia. Apesar do começo tumultuado na implantação e aceitação da rastreabilidade, principalmente pelos produtores, o sistema se transformou numa maneira de garantir a qualidade sanitária da carne brasileira e de gratificar financeiramente aqueles que aderiram ao sistema. É possível inferir ainda que a não adesão de alguns produtores ao sistema de rastreabilidade está provavelmente ligada a um fator sócio–cultural, pois muitos produtores acreditam que não há a necessidade deste tipo de inovação. Constatou-se também que, o gasto do produtor ao implantar o sistema, em média, é de 13% do valor que receberá de adicional na arroba comercializada. Para os frigoríficos, o maior entrave no início da implementação do SISBOV, foi criar um sistema que se adequasse às exigências desse programa, porém todos os frigoríficos que exportam já se adequaram. Além disso, o mérito da venda de carne certificada, fica quase que totalmente para o frigorífico, pois é ele quem realiza a comercialização.

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