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Abstract
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar as medidas mitigadoras do
perigo aviário voltadas para o controle e redução do risco de acidentes aeronáutico
provocado por colisão de aeronaves com urubus na área do entorno dos Aeroportos
Brasileiros. A metodologia utilizada caracteriza-se como teórico-empírico e descritiva. Os
dados primários forma coletados junto a INFRAERO e os secundários foram coletados em publicações referentes ao temo como também junto a OACI (ORGANIZATION
AVIATION CIVIL INTERNATIONAL), CENIPA e FAA. Foram detalhados as os
principais métodos de controles utilizados pelo sistema de aviação e as principais causas
dos acidentes aviários. É notório o potencial atrativo de aves para os locais usados como
depósito final de resíduos sólidos urbanos, sendo que, não raramente, os mesmos são
implantados dentro de uma Área de Segurança Aeroportuária – ASA. A natureza e
magnitude deste tipo de problema enfrentado por aeroportos dependem de muitos fatores
como o tipo e volume do tráfego aéreo, das populações de fauna silvestre local e
migratória, das condições de habitat na área. A fauna silvestre é atraída para um aeroporto
devido à alimentação, água e abrigo. A maioria das colisões de aeronaves, com aves ocorre
nas imediações dos aeroportos, sendo que 78% dá-se abaixo de 1.000 pés AGL (acima do
nível do solo). Destas, 35% ocorrem durante as decolagens e subidas, e 49% durante as
aproximações e pousos (FAA, Manual de Manejo de Aves, 1999). Devido à ocupação
antrópica do entorno dos aeroportos e às deficiências na coleta, tratamento e destinação
final de resíduos sólidos urbanos dos municípios, há abundante oferta de material orgânico
em lixões - vazadouros de lixo a céu aberto. Os lixões atraem para os seus arredores
maciças quantidades de urubus-da-cabeça-preta (Coragyps atratus), objeto deste trabalho.