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Abstract

O objetivo central deste trabalho foi analisar o impacto da imposição de barreiras não-tarifárias nas exportações brasileiras de carne de frango. A identificação das barreiras foi feita através do envio de questionários às empresas exportadoras. Com o objetivo de mensurar os efeitos dessas barreiras no volume exportado, utilizouse um modelo de séries temporais com intervenção. Devido às dificuldades metodológicas e à necessidade de informações detalhadas, apenas três barreiras puderam ser estudadas. Dessas, duas foram impostas pela União Européia e uma pela Rússia. As barreiras que mais incidiram sobre as exportações de carne de frango, no período do estudo, foram classificadas como barreiras técnicas e sanitárias. Os resultados obtidos revelaram que muitas dessas barreiras foram impostas com o objetivo de proteger os mercados nacionais da concorrência externa. Estas ferem, contudo, os princípios do livre comércio, à medida que restringem as relações comerciais entre os países. Somente uma das três barreiras teve impacto significativo no volume exportado do produto, porém, todas as barreiras afetaram, mesmo que indiretamente, as exportações. Tendo em vista a importante participação das exportações de carne de frango na balança comercial brasileira e sua tendência crescente, o Brasil deve estar preparado para se adequar às mudanças nas normas e padrões de produção e comercialização que deverão ocorrer no mercado. No entanto, deve estar atento, também, para que medidas que tenham o caráter único de proteger os mercados internos não limitem sua comercialização.

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