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Abstract
A entrada da China na Organização Mundial do Comércio, assim como seu evidente
crescimento econômico tornam o gigante asiático um parceiro comercial atraente para todo o
mundo. Enquanto a China vai-se estabelecendo como potência mundial, o Brasil se esforça para
aumentar as relações com os chineses. O presente trabalho teve como objetivo analisar a
importância do agronegócio brasileiro nas relações comerciais entre Brasil e China, entre os anos
de 2002 a 2005. Com base na análise comparativa das exportações e importações de cada pólo,
foram considerados, na exportação, os grupos de alimentos, bebidas, bens de consumo de alta
tecnologia, bens de consumo, exceto alimentos, bens de consumo que utilizam insumos minerais,
commodities do agronegócio, insumos industriais, material de transporte e bens de capital; na
importação, o estudo foi feito nos setores de pele e artefatos de couro, pneumáticos, material
plástico, brinquedos, transporte e moveleiro. Os resultados obtidos mostraram que, a exportação
brasileira para a China, composta principalmente por produtos básicos, consistiu dos commodities
e de insumos industriais. Por sua vez, a China exporta principalmente produtos manufaturados
para o Brasil, nos setores de brinquedos, material de plástico e material de transporte. A China e
o Brasil se revelaram economias complementares: enquanto um fornece produtos manufaturados,
o outro contribui com produtos básicos. Apesar de que, a partir de 2003, as exportações
brasileiras de commodities do agronegócio aumentaram em mais de 65%, conclui-se que, o Brasil
ainda encontra um mercado restrito na China. O interesse brasileiro de diversificar sua pauta de
exportação não tem alcançado os resultados desejados, enquanto a China consegue ampliar seu
mercado no Brasil com produtos manufaturados de maior valor agregado.