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Abstract

Este estudo analisa a mobilidade de uma amostra dos chefes de famílias rurais pobres no Vale do Ribeira. Durante o período considerado de um ano, cerca de 10% dos chefes de famílias migraram dessa região e 15% mudaram de empregos, porém permaneceram dentro do município. O terceiro grupo não experimentou qualquer mudança, quer na principal ocupação, quer na sua localização. Este estudo tem dois objetivos básicos: primeiro, fatores que influenciam a decisão de migrar ou de mudar de emprego foram identificados; segundo, foi feita uma tentativa de se discriminarem os três grupos, desenvolvendo-se um modelo, o qual pode ser usado para classificar os indivíduos quanto ao seu potencial de mobilidade. Um modelo, teórico, foi desenvolvido baseado na combinação de elementos de custos e retornos, aspectos de seletividade e variáveis intervenientes no processo. Análise discriminante ("discriminant analisis") foi usada para analisar e classificar os grupos. Na primeira fase da análise, duas funções discriminantes, significativas estatisticamente, foram encontradas: a primeira função tendeu a discriminar os migrantes do grupo que não se mudou; a segunda, que foi responsável por somente cerca da metade da variância da primeira função, tendeu a discriminar os migrantes que tinham mudado de emprego, do grupo que não apresentou mudança. A maioria das variáveis teve os efeitos esperados e mais de 80% da amostra podiam ser corretamente classificados pelas funções discriminantes. Os resultados indicam que os que tinham mudado de empregos formavam uma parte considerável da população e que, realmente, diferem em algumas de suas características dos migrantes. Se os que mudam de empregos puderem conseguir muitos dos benefícios, que são almejados pela maioria dos migrantes, então isto poderá representar uma alternativa à migração com menores custos sociais e privados.

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