Files

Abstract

Quando se trata de meio ambiente, verifica-se uma interface entre dois campos de interação : as ciências naturais e as ciências sociais. Trabalhar as questões ambientais exige uma participação simultânea destes dois campos. Como se dá a relação entre o mundo social e mundo natural? Esta relação é fragmentada de tal modo que cada fenômeno observado ou vivido é entendido ou percebido como fato isolado? Ou essa relação é global, entendendo que cada fenômeno observado ou vivido está inserido numa rede de relações que lhe dá sentido e significado?Este artigo visa a responder ao seguinte questionamento: Qual a importância de se considerar a multidisciplinaridade para a compreensão dos problemas ambientais? Com este estudo objetiva-se ampliar o conhecimento e a compreensão da abordagem institucionalista e da economia ecológica em relação aos problemas ambientais e à construção da multi/interdisciplinaridade, permitindo questionarse sobre sua importância e possibilidade de operacionalização.Concluiu-se que os problemas ambientais se prestam a uma análise multidisciplinar e/ou interdisciplinar, tornando difícil a apreensão e compreensão de sua complexidade através da disciplinaridade. A economia institucional, mais especificamente, a economia ecológica oferece uma nova abordagem para a análise dos problemas ambientais que é bastante distinta da análise tradicional (economia dos recursos naturais e economia do meio ambiente – neoclássica) e bastante criticada pela sua dificuldade de operacionalização, pois considera vários aspectos, antes desconsiderados, que impossibilitam a construção demodelos de análise. A principal questão quanto à abordagem institucional/ecológica para análise dos problemas ambientais é o fato de que as respostas não devem ser dadas “no campo do adversário”, ou seja, não se pode desmerecer estas novas abordagens, porque elas não oferecem modelos, pois é justamente a idéia de modelos e de receitas prontas à aplicação (por exemplo, a aplicação de taxas) que são por elas rechaçados. A multidisciplinaridade e as abordagens que dela se utilizam são justamente os objetos em disputa, pois dentro do campo científico essas iniciativas ameaçam a legitimidade e o espaço de poder neste campo ou domínio do conhecimento, por isso as atitudes refratárias e o enclausuramento no seio das disciplinas, e assim, conseqüentemente, a dificuldade de se construir a interdisciplinaridade. ---- Referring to environmental issues, one can see an interface between two fields of interaction : the natural and the social sciences. Working environmental issues ask for a simultaneous participation of these fields. How is the relationship betwen the social and the natural world? This relationship is in a way so fragmented that each phenomena observed or lived is understood or seen as an isolated fact? Or is this relationship global, understanding that each observed or lived phenomena is inserted in a web of relationships wich gives them a sense and a meaning? This article aims to answer the following question : What’s the importance if considering the multidisciplinarity to understand the environmental issues? The objeticve of this study is to increase the knowledge and understanding of the institutionalist approach and the echological economy related to environmental problems and to the construction of multidisciplinarity, allowing the questioning about its importance and operationalization possibilities. The conclusion is environmental issues are good for a multidisciplinarity and/or interdisciplinarity anlysis, making hard the aprehension and understanding of its complexity throug disciplinarity. The institutional economy specifically the echological economy offers a new approach to the environmental problems analysis wich is very different of the traditional analysis (natural resources economy and environmental economy – neo classical) and it is criticized because of its difficulty of operationalization. It considers various aspects that were not considered before, that make impossible the models construction of analysis. The main question about the institutional/echological approach to the environmental problems analysis is the fact that the answers cannot be given “in the adversary field”, i. e. the new approaches cannot be disconsidered, because them don’t offer models, because the ready recipes and models are not accepted. For instance, the taxes application. The muldisciplinarity and the approaches they use are basically the disput objects, because in the scientific field these iniciative threat the legitimity and the space of power in this field or the mastering of knowledge, hence rephratary and the closing in the essence of the discipline, and consequently, the difficulty of interdisciplinarity construction.

Details

PDF

Statistics

from
to
Export
Download Full History