Files
Abstract
O presente trabalho aborda a constituição, a consolidação e a crise de uma estrutura produtiva
predominantemente assentada na agricultura familiar. O recorte temporal inicia-se por volta de
1850, com a emergência da cultura cafeeira no Espírito Santo e encerra-se nos anos 1960, quando
a agricultura familiar entra em crise. Baseado no processo de formação de diferentes regiões
produtivas no estado analisa-se a expansão da cafeicultura e a constituição e difusão da
agricultura familiar. Como a lógica de produção do espaço capixaba estabeleceu um processo
inverso ao verificado na maioria dos estados brasileiros, pois enquanto nestes consolidava-se o
latifúndio, no Espírito Santo, a formação espacial caracterizava-se pela hegemonia da agricultura
familiar, com o predomínio de uma estrutura produtiva fundada na pequena propriedade, no
trabalho familiar e na ausência de recursos técnicos. Essa forma de organização da produção
deixou evidente seus limites no desenvolvimento socioeconômico estadual.