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Abstract
A partir do inicio da década de noventa ocorreram diversas mudanças no ambiente institucional
do cooperativismo brasileiro, dentre eles a extinção do Banco Nacional de Crédito Cooperativo
(BNCC) e problemas macroeconômicos na agricultura elevaram a necessidade das cooperativas
obter recursos financeiros junto a terceiros. Diante do novo cenário e baseado em teorias
econômicas que apontam que a existência de assimetria de informações, manifestadas nas formas
de seleção adversa ou risco moral (moral hazard), gera ineficiência no funcionamento do
mercado procurou-se estudar mecanismos de sinalização para reduzir essa assimetria entre
gestores das cooperativas e mercado. Assim foi desenvolvida e testada uma metodologia por
meio de um estudo de caso. Os resultados obtidos permitem concluir que a metodologia criada é
aplicável e que seus resultados seriam mais significativos se houvesse a discussão sobre os pesos
dos indicadores e das notas dos tópicos e grupos, nos denominados comitês de rating, a exemplo
do que é feito pelas agências que os elaboram. Como sugestão, é apresentada a necessidade de
que novas aplicações da metodologia sejam realizadas para testá-la junto a outras organizações,
de forma a consolidá-la como um sinalizador a ser usado pelo mercado e cooperado.