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Abstract
A bovinocultura de corte tem suas origens nos primórdios da ocupação do espaço
agrário gaúcho e está presente em todas as regiões agroecológicas do Estado do Rio Grande
do Sul. Fundamental para a formação da sociedade gaúcha, tanto do ponto de vista
econômico como social, esta atividade vive atualmente um período marcado por incertezas e
por um importante e vigoroso processo de reestruturação. Apesar da profusão de estudos e
pesquisas, raros são os estudos que analisam a sustentabilidade, tanto do ponto de vista
econômico como social e ambiental, desta atividade produtiva. Este trabalho busca, através da
formatação de indicadores e índices relativos de sustentabilidade, avaliar o grau de
sustentabilidade dos sistemas de produção de bovinocultura de corte do Rio Grande do Sul. A
partir de entrevistas realizadas junto a 540 produtores de gado de corte no decorrer do ano de
2004, obteve-se um conjunto de informações relativas tanto as dimensões ambiental, social e
econômica, como relativas aos critérios de produtividade, estabilidade/resiliência, equidade e
autonomia apresentados pelos bovinocultores de corte. A análise conteve-se na comparação
entre os Índices Relativos das Dimensões (IRD), dos Critérios (IRC) e de Sustentabilidade
(IRS) de cada tipo de sistema de produção. Os resultados apontam a existência de oito tipos
de sistemas de produção relevantes para esta análise. Os índices de sustentabilidade apontam
o sistema de produção do tipo cinco como mais sustentável, seguido pelos tipos sete, três,
seis, quatro, dois, e, por último os tipos oito e um, os quais estão mais próximos do que se
poderia chamar de situação de insustentabilidade.