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Abstract
O processo de inovação tecnológica dos Institutos de Pesquisa envolve atividades
relacionadas à geração, difusão e a transferência de tecnologia, que tem como produto final
tecnologias, produtos e serviços, disponibilizados à sociedade. Isso é bem evidenciado no
agronegócio florestal na região Sul, com a presença dos Institutos de Pesquisa Mistos (IPMs),
os quais prestam serviços diretamente para as empresas associadas. Também atuam neste tipo
de atividade, os Institutos Públicos de Pesquisa (IPPs), os quais têm suas atividades de PD&I
direcionadas ao atendimento das necessidades de uma clientela ampla e diversificada no meio
rural. Com o objetivo de identificar as possíveis diferenças nos modelos de geração, difusão e
transferência de tecnologia dos IPPs e IPMs e qual o modelo atualmente em uso por esses
institutos é que o presente estudo foi idealizado e implementado. Apoiada em um referencial
teórico sobre transferência de tecnologia, PD&I em colaboração e ação dos stakeholders,
complementado pela noção do sistema nacional de inovação, foi utilizada a metodologia de
estudo de casos para a realização da pesquisa. Os dados foram coletados junto aos principais
IPPs e IPMs, atualmente em operação na região Sul. Os resultados alcançados demonstraram
a existência de diferenças marcantes na postura desses institutos, principalmente, levando em
conta a sua clientela, a postura mais competitiva que colaborativa, tanto entre os usuários das
pesquisas como no relacionamento entre os próprios institutos de pesquisa. A análise conjunta
do SNI e da ação dos stakeholders, permitiu concluir que, instituição importante desse
sistema tem atuado mais de uma forma limitadora que facilitadora das ações dos IPPs e IPMs,
principalmente nos aspectos regulatórios e fiscalizadores da atividade florestal, em detrimento
de ações estimuladoras em prol do desenvolvimento econômico, social e do agronegócio
florestal da região Sul, resultados que também levam a concluir a influência do SNI no
direcionamento do modelo de pesquisa desses institutos mais para um modelo mercadológico
que tecnológico.