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Abstract
Historicamente, as feiras livres se consolidaram como importante estrutura de
suprimento de alimentos das cidades, especialmente as interioranas. No Nordeste, a feira é
uma relevante atividade que promove o desenvolvimento econômico, social e cultural,
facilitando o escoamento da produção familiar, comercializando alimentos com preços
reduzidos, valorizando a produção artesanal, promovendo a integração social e preservando
hábitos culturais. O crescimento das redes de supermercado e as novas exigências do
consumo moderno ameaçam a sobrevivência das feiras livres, que apresentam graves
problemas ligados à higiene, apresentação e qualidade dos alimentos, colocando em risco a
saúde do consumidor. Tal fato repercute no tamanho das feiras e nas oportunidades de
negócio: muitos comerciantes reduzem seus lucros ou até abandonam a atividade. Diante do
cenário, o presente trabalho objetivou traçar um perfil dos feirantes que comercializam
gêneros alimentícios nas principais feiras livres do Brejo Paraibano, enfocando suas
condições de trabalho. Foram realizadas visitas às feiras dos municípios de Bananeiras,
Solânea, Remígio, Esperança, Guarabira e João Pessoa, locais onde foram realizadas
entrevistas e aplicados questionários. A comercialização em feiras livres apresenta baixa
lucratividade, mesmo assim, observou-se intensa contratação de empregados. O trabalho é
caracterizado pela informalidade, baixa remuneração, carga horária elevada e muito
desconforto.