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Abstract
O presente trabalho objetivou avaliar a existência de uma relação de
substituição da carne bovina brasileira com os principais países exportadores e do
Mercosul com a União Européia e Nafta. Esse estudo adota as pressuposições do modelo
de demanda proposto por ARMINGTON (1969a, b), que considera explicitamente o
comportamento do consumidor, o qual distingue os produtos por local de origem. Para isto
foi utilizado o sistema de equações aparentemente não-relacionados (SUR – Seemingly
Unrelated Regression) para estimativa dos modelos. Através dos resultados encontrados
para as elasticidades substituição podemos inferir, exceto para a Argentina, que existe
significativa diferenciação do produto por local de origem, seja devido à padrões de
qualidade, confiança, tradição, diferenças técnicas ou outros fatores. A significância
estatística dos coeficientes da defasagem, que representa a rigidez de mercado, indica
predominância de contratos de médio e longo prazos. Os resultados também sugerem forte
regionalização dos mercados, onde vigoram padrões de qualidade específicos.