Files
Abstract
O foco da estratégia de integração do governo brasileiro nos últimos anos está na tentativa
de acordos de integração econômica externa tanto em negociações Norte-Sul quanto Sul-Sul.
Contudo, tais negociações – quer no âmbito da Rodada de Doha, quer no âmbito de blocos
regionais (Alca, Mercosul etc.) – enfrentam sérias dificuldades para a sua concretização, além de
uma extrema morosidade. Em vista disso, a opção da integração econômica interna pode ser uma
saída para esse impasse no sentido de ser uma fonte de ganhos de bem-estar social e de promoção
de eqüidade regional. Essa opção depende apenas da disposição do governo brasileiro e a lógica
da estratégia de uma integração interna baseia-se na redução dos custos de transporte, entendidos
como sendo uma barreira ao comércio interestadual. Uma comparação dos resultados da
integração econômica interna com a externa, tendo como foco a economia do Nordeste, mostra-se
relevante nesse momento.
Para simular opções de integração econômica, foi elaborado o modelo BRASIL-SPACE,
um modelo EGAE para análise de políticas de integração econômica no país e com destaque para
a economia do Nordeste. Esse modelo incorpora explicitamente os custos de transporte como
uma barreira de comércio. A estrutura teórica do modelo está desenvolvida para as cinco macroregiões
brasileiras e cinco regiões externas (Nafta, Ásia, União Européia com 25 membros, a
Alcsa composta pelos países sul-americanos e o resto do mundo). O modelo compreende três
fatores de produção, a saber, mão-de-obra, capital humano e outros fatores.
Foram simulados diversos experimentos controlados de políticas de integração econômica
tanto externa quanto interna com o objetivo de se analisar quais são as melhores opções de
integração abertas ao País e para o Nordeste, avaliadas sob o prisma da eficiência econômica e da
eqüidade regional.