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Abstract

Há um potencial grande para produzir arroz sob irrigação controlada na várzea amazônica. Se só 5% da várzea na Amazônica brasileira fossem explorados e produzissem 10 toneladas por hectare, a produção de arroz no Brasil se elevaria ao triplo. O desenvolvimento desse potencial acarretaria todos os difíceis critérios sociais de exploração para quem e por quem. E, muito antes que mesmo uma pequena fração desse potencial seja desenvolvida, haverá sérios custos ambientais que 96 serão diminuídos através de cuidadoso planejamento e administração ambientais. Aos preços correntes do arroz, e especialmente se forem proporcionados incentivos para a sua exploração, a produção do arroz irrigado controlado afigura-se bastante lucrativa para a exploração comercial que utilize capital e tecnologia de energia intensiva. Dentro da abordagem de mão-de-obra intensiva, parece que a renda familiar derivada da produção de arroz irrigado controlado seria duas a quatro vezes maior, arroz em terra firme. O que é igualmente importante é que as colônias baseadas no arroz irrigado teriam uma densidade de povoamento adequada para a organização comunitária e a provisão e utilização de serviços sociais, ao contrário da situação em terra firme. Estas conclusões deverão ser interpretadas com cautela, desde que a análise é, necessariamente, de natureza preliminar. Para cada uma das três abordagens para a produção de arroz na Amazônia, é apresentada uma larga faixa de estimativas de rendimentos, em parte, para ilustrar os efeitos das incertezas ambientais e de mercado e, em parte, porque as tecnologias de produção atuais não estão ainda bem documentadas. Como todos os dados e pressuposições básicas sobre os quais se baseia a análise estão claramente apresentados nos apêndices, outros pesquisadores poderão facilmente corrigir a análise e restringir a faixa dos rendimentos estimados, à medida que se puder dispor de melhores informações.

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