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Abstract

Uma questão que tem preocupado pesquisadores e extensionistas é saber porque certas práticas agrícolas comprovadamente simples, baratas e eficientes não são adotadas pelos produtores, embora há muito tenham sido recomendadas pelos órgãos encarregados de sua difusão. Este estudo visa a encontrar uma possível resposta para esse problema, no caso do "stand" técnico para a cultura do milho. A hipótese geral é que o "stand" técnico não vem sendo adotado devido a distorções perceptivas dos produtores. A fim de testar essa pressuposição, advinda de novas concepções sobre percepção, aprendizagem e adoção de inovações, foi realizado um estudo empírico entre 251 produtores de milho, em cinco municípios do Estado de São Paulo, através de entrevistas e aferição dos "stands", realizadas em três diferentes ocasiões durante o ano agrícola 1978/79. O estudo mostra que os produtores superestimam o "stand" de suas culturas de milho. Desejariam, e pensam ter, de fato, um "stand" bem maior do que aquele que efetivamente conseguem. Há uma distorção que os leva a ver em seus campos "stands" que consideram como desejáveis e bastante próximos do "stand" técnico recomendado. Esses resultados sugerem que os produtores já adotaram o "stand" técnico enquanto idéia, mas, devido a distorções perceptivas, não o adotaram efetivamente como uma prática agrícola capaz de elevar, significativamente, a rentabilidade de suas culturas de milho. O trabalho conclui apresentando algumas recomendações, tanto para a pesquisa como para a extensão rural, com vistas à possível superação do problema.

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