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Abstract
Este trabalho pretende compreender os “usos” e as apropriações que os feirantes fazem da
proposta de Gestão Participativa Municipal do Cabo de Santo Agostinho/PE, de
reestruturação da antiga feira centenária para um espaço planejado, denominado Mercadão,
a partir de um modelo de gestão, voltado ao esforço de construção do desenvolvimento
local. Como referencial teórico-metodológico esta pesquisa combina as teorias da Escola
Latino-Americana de Comunicação na abordagem dos estudos culturais e dos estudos de
recepção, com os estudos do desenvolvimento local e as teorias da participação. Para a
coleta de dados procedeu-se à realização de entrevistas semi-estruturadas, uso de técnicas
etnográficas, depoimentos, diário de campo, análise documental e pequena história de vida.
A pesquisa evidenciou, dentre os resultados finais, que o esforço da Prefeitura do Cabo/PE,
em promover a organização política dos feirantes inserindo-os em um modelo de gestão
compartilhada, com a participação de atores a exemplo do Serviço Brasileiro de Apoio a
Micro e Pequena Empresa – SEBRAE e do microcrédito das organizações não governamentais, tem se configurado em vetores para um processo, ainda em vias de
construção, na perspectiva do desenvolvimento local.