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Abstract

O mercado alimentar europeu, em geral e o português em particular, tem vindo a sofrer variadas crises alimentares, das quais se destacam a da BSE (encefalopatia espongiforme bovina), a das dioxinas e a dos nitrofuranos. Com uma cobertura mediática intensa, estas crises transformaram, em muitas ocasiões, as preocupações dos consumidores em alarmismo generalizado. Como resultado, os sistemas de controlo de qualidade vieram a ser reforçados, os métodos de rastreabilidade e certificação a ser implementados e em consequência, aumentados os custos de produção assim como os preços ao consumidor. Por seu lado, o consumidor está cada vez mais exigente e consciente da qualidade e segurança alimentares, discrédito relativamente aos alimentos comercializados e aos riscos percebidos, desejoso de maior transparência na cadeia alimentar e, para muitos produtos, desconfiado dos processos produtivos. Assim, dependendo da percepção que têm dos riscos associados ao produto em questão, os consumidores reagem de forma diferenciada. Com base num modelo probit estimado, o objectivo do artigo é analisar as attitudes e percepção do consumidor em relação à carne de vaca em Portugal. Os resultados obtidos indicam que a influência dos meios de comunicação são relevantes para explicar a atitude face à segurança alimentar assim como a confiança dos consumidores acerca da informação contida no rótulo. A percepção da segurança alimentar parece variar com o género do consumidor e a fonte de informação utilizada, tendo os homens uma atitude mais positiva relativamente à segurança da carne de vaca do que as mulheres. Quanto ao risco percebido, a experiência de consumo de carne de vaca é importante embora não jogue o papel principal.

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