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Abstract
O uso da expressão território ganha espaço no Brasil com a nova orientação política federal, a
partir de 2003. Nesse contexto, as ações estratégicas do Estado para o desenvolvimento
tendem a não mais considerar o município isoladamente. Como estímulo, tem-se a liberação
de recursos vinculados ao território pelas instituições públicas de crédito e financiamento. No
entanto, a permanência de práticas como a liberação de recursos mediante o grau de
articulação política dos municípios causa desconfiança e desmotivação quanto à manutenção
do território. Surgem grupos de municípios que se articulam entre si de forma independente.
Neste artigo analisam-se esses fatos apresentados como reveses à questão territorial. A partir
das experiências na região de Irecê (Bahia) observa-se que ainda existem ações objetivando a
melhor compreensão e funcionamento do território, como por exemplo, a capacitação dos
representantes municipais e a imparcialidade das instituições internas com poder de decisão.
Percebe-se que, executando-se tais ações, tornam-se possíveis a viabilidade administrativa e a
manutenção do território.