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Abstract
A fruticultura movimenta no Brasil um PIB de US$ 1,5 bilhão, ocupando uma área de 2,6
milhões de hectares, equivalente a 5% da área cultivada, onde são gerados 4 milhões de
empregos e no estado da Paraíba caracteriza-se como uma importante alternativa na
geração de emprego e renda. A literatura existente sobre a fruticultura no estado revela que
há poucos estudos sobre o emprego da mão-de-obra na produção de frutas, principalmente
no que diz respeito a informações estatísticas que revelem a evolução do emprego gerado
pela fruticultura da Paraíba. Desta forma, a preocupação desse trabalho de pesquisa é
contribuir para o preenchimento desta lacuna através da discrição da situação geral do
emprego em algumas importantes fruteiras cultivadas internamente. Serão utilizadas como
referencial de estudo as frutas de maior importância para a economia paraibana entre 1990
e 2003, quais sejam: abacaxi, banana, coco-da-baía, laranja, mamão e manga. O objetivo
deste estudo é estimar o número de empregos gerado na produção de frutas na Paraíba,
destacando sua evolução recente e a justificativa para este estudo encontra-se no fato de
que este esforço de pesquisa contribui para conhecer aspectos do emprego na fruticultura
do Estado. A estimação é feita com base em dados secundários junto ao IBGE e ao BNB.
O marco teórico tem como referencial de estudo teorias que versem sobre o mercado de
trabalho. Os resultados indicam que dentre as frutas estudadas a maior demanda de
empregos/ano encontra-se nas lavouras de banana, coco-da-baía e abacaxi,
respectivamente, em função de possuírem uma área colhida relativamente elevada.
Percebe-se ainda que fatores sazonais, como a seca e institucionais, como a cobrança do
ICMS provocam redução no nível de emprego. Conclui-se que a fruticultura paraibana foi
responsável, em média, entre 1990-2003, pela geração de 66.099 empregos/ano, revelandose
como uma atividade de grande importância social e econômica para o Estado.