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Abstract
A agropecuária paulista realizou consistente processo de transformações estruturais no
período posterior a 1970, sendo que isso ocorre numa realidade de esgotamento da
fronteira agrícola estadual. As síntese das mudanças na composição de culturas da
agropecuária paulista pode ser representada pelo avanço da cana para industria sobre
áreas de pastagens numa estrutura que revela intenso progresso técnico. O aumento de
produtividade em si não garante poder de expansão de dada cultura uma vez que a cana
para indústria com o menor aumento nesse indicador dentre as atividades que realizaram
intensa inovação foi a que mais ganhou em expressão espacial. Já a pecuária de corte cujo
incremento percentual de produtividade da terra foi mais de quatro vezes maior que o da
cana, foi a que mais cedeu espaço cultivado. No tocante à regionalidade verifica-se o
avanço das lavouras no sentido do Oeste, num processo puxado pela cana e pela soja, com
o que eleva-se de forma expressiva a proporção das áreas de lavouras como proporção da
área agropecuária total. Os resultados produzidos pela transformação da agropecuária
paulista desde 1970 consistem na preponderância de culturas que no plano externo de
demanda e de preços relativos tiveram estímulos esternos e, no plano interno consolidaram
consistentes cadeias de produção que irradiaram de forma intensa e precisa esses estímulos
para a estrutura produtiva