Files
Abstract
Este artigo discute como as mudanças na estrutura produtiva das áreas litorâneas do Estado de
Sergipe influenciam o modo de vida das populações tradicionais, cujas bases econômicas estão
centradas na agricultura de subsistência, pesca artesanal, artesanato e extrativismo de produtos
vegetais e animais. A valorização do solo, a especulação imobiliária e a conseqüente degradação
das áreas de restinga e manguezal, advindas com as atividades turísticas, a expansão urbana e a
carcinicultura, representam ameaças para essas populações e suas estratégias de reprodução
social fortementes vinculadas ao meio ambiente e, por isso, vulneráveis. Ainda discute-se aqui, a
necessidade da intervenção pública visando assegurar o acesso das populações tradicionais aos
recursos naturais necessários à garantia da sua sobrevivência.