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Abstract

O objetivo deste trabalho consiste em refletir sobre as potencialidades da pluriatividade e suas implicações para a qualidade de vida dos agricultores familiares. Inserido nas discussões sobre a ruralidade, o trabalho focaliza o caso brasileiro e utiliza-se de dados, ainda inéditos, de uma pesquisa recente sobre as famílias pluriativas no estado do Rio Grande do Sul. Busca-se indicar em que medida a combinação das atividades agrícolas e não-agrícolas por parte das famílias rurais poderia ajudar na solução de problemas corriqueiros que afetam as populações rurais tais como a instabilidade e sazonalidade das rendas, a geração de emprego no meio rural, a redução dos fluxos migratórios, entre outras dimensões da vida dos agricultores familiares através de sua condição de atividade, ou seja, famílias pluriativas ou monoativas.São duas as hipóteses que guiam o trabalho. A primeira hipótese é de que as famílias de agricultores se diferenciam, além da condição de atividade, também quanto à outras importantes dimensões como tamanho da propriedade, número de membros na família, entre outras. A segunda hipótese é de que as famílias pluriativas têm melhores indicadores de qualidade de vida, pois têm rendimentos mais elevados e diversificados em relação às famílias monoativas. Conclui-se, através dos dados apresentados, que existe uma certa homogeneidade quanto à qualidade de vida, seja subjetiva ou objetiva, que deve-se ao fato de que os rendimentos das atividades não-agrícolas são utilizados principalmente para o sustento/subsistência da família e investimentos dentro da propriedade. Isso significa que a renda não-agrícola, mesmo que não se materializando em bens ou nos itens selecionados como indicadores de qualidade de vida, são destinadas para o uso familiar em duplo sentido : garantir as condições mínimas de reprodução social e fortalecer a atividade agrícola.

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