Files
Abstract
O agronegócio tornou-se um dos segmentos mais dinâmicos em áreas do semi-árido de
alguns estados nordestinos. No Rio Grande do Norte, a exportação de frutas –
principalmente melões – produzidas no pólo de fruticultura irrigada Assu/Mossoró vem
experimentando um crescimento significativo nas últimas décadas. Por apresentar-se como
uma das áreas nordestinas de modernização intensa, o pólo tem atraído grandes empresas
nacionais, multinacionais e trabalhadores de outros municípios e estados vizinhos. Assim,
a partir de dados estatísticos que demonstram o dinamismo econômico da região, tornou-se
comum na imprensa, nos discursos políticos e na fala da população em geral, a defesa de
que, finalmente, o “desenvolvimento” chegou para acabar com os problemas sociais locais.
Este trabalho tem como objetivo analisar a economia fruticultora no semi-árido norte-riograndense,
tendo como fio condutor a noção de sustentabilidade. Discutir-se-á, portanto, os
impactos socioambientais e econômicos advindos dessa atividade. A metodologia constou
de levantamento de acervo bibliográfico e leitura de jornais e revistas locais. Além disso,
realizou-se pesquisa de campo e entrevistas com agrônomos e empresários.