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Abstract
Evidencia-se um atraso tecnológico e científico na região amazônica, que caminha para
irreversibilidade, pela incapacidade de competição com centros mais dinâmicos do país e do mundo. A
pesquisa científica e tecnológica na Amazônia precisa avançar no modelo fabril de produtividade
científica e avaliação administrativa, adotando procedimentos tayloristas e de fordismo, sem vetar a
criatividade dos pesquisadores. Na região amazônica a comunidade acadêmica não tem alcançado o
grande impacto que a sociedade dela está esperando. Realça a fraqueza da comunidade acadêmica
local e do desvio de suas funções, necessitando de maiores investimentos na formação de recursos
humanos no sentido amplo. Ressalta-se que soluções tecnológicas previstas que ainda não
aconteceram estão prejudicando seriamente os rumos dos acontecimentos na Amazônia. A
perspectiva da visão empresarial da importância da geração de conhecimentos práticos, baseada muito
no processo de erro-acerto, sobretudo no hinterland, mostra que a colaboração da comunidade
acadêmica tem sido ainda muito acanhada. Há necessidade de maior integração dos centros de
pesquisa com o setor empresarial, que apresentam grandes limitações tecnológicas, sobretudo de
“natureza biológica” para a criação de novas alternativas de renda e emprego. As tecnologias
“mecânicas” são facilmente transferíveis, como fábricas, motosserras, tratores, colheitadeiras,
celulares etc. quase simultâneas, com as áreas mais dinâmicas do país e do mundo. No campo da
biodiversidade, a C&T na Amazônia deveria aproveitar os conhecimento dos atores amazônicos, como
indígenas, populações tradicionais e extrativistas promovendo a sua modernização. Deveria aproveitar
a biodiversidade do passado e do presente e de planos concretos com relação à biodiversidade futura,
no qual reserva a C&T grandes possibilidades de descobertas de novas opções para a geração de renda
e emprego.