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Abstract
O emprego de plantas medicinais na recuperação da saúde tem ocorrido e vem evoluindo ao longo dos tempos. É comum o cultivo de plantas medicinais nos quintais das residências dos agricultores. Quando necessário àqueles que não cultivam recorrem aos vizinhos para obtenção de ramos de plantas. O Projeto “Ervanário Regional de Valorização da Agroecologia Familiar e da Saúde – ERVAS” - visa proporcionar a diminuição dos gastos do poder público municipal com a aquisição de medicamentos convencionais, disponibilizando manipulados elaborados a partir das plantas medicinais, adquiridas dos agricultores familiares, aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. Uma das pesquisas de campo, relatada neste artigo, foi desenvolvida de setembro de 2006 à janeiro de 2007 no município de Mutuípe - BA. A escolha desta localidade deveu-se as suas características econômicas que se baseiam predominantemente em atividades agrícolas da agricultura familiar. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, gravadas com a autorização prévia dos agricultores, em duas comunidades rurais participantes da etapa piloto do projeto. Os agricultores secionados foram aqueles reconhecidos nas comunidades como detentores do saber tradicional sobre plantas medicinais. Posteriormente foi procedida a coleta das plantas medicinais citadas pelos informantes. Os problemas de saúde mais comuns e freqüentes nestas comunidades rurais de Mutuípe/BA foram: gripe, pressão alta, diabetes, infecção urinária, reumatismo entre outros. Os informantes relataram que a estratégia de tratamento primeiramente utilizada é com plantas medicinais, posteriormente o uso de medicamentos convencionais. A parte das plantas mais utilizada para o uso foi a folha, seguida de fruto, sementes, e raízes. A forma de preparo predominante das plantas medicinais foi o chá (processo de decocção), mas também é feito o uso de outras formas como solução alcoólica, xarope.
Foram identificadas vinte e nove famílias, cinqüenta e quatro espécies de plantas utilizadas como medicinais.
--------------------------------------------------------------The use of medicinal plants in the recovery of health has occurred and has evolved over time. It is common the cultivation of medicinal plants in the backyards of the homes of farmers. When is necessary those who do not cultivated looked for neighbors to obtain branches of plants. The Project “Ervanário Regional de Valorização da Agroecologia Familiar e da Saúde – ERVAS” - aims provide a reduction in spending of the municipal public power related of the purchase of conventional medicines, providing handled prepared from medicinal plants, acquired from familiar farmers, to the users of Sistema Único de Saúde - SUS. One of field research, reported in this article was developed in the period of September 2006 to January 2007 in the municipality of Mutuípe - BA. The choice of this locality due to its economic characteristics that was based predominantly in agricultural activities of family farming. It was conducted semi-structured interviews, recorded with the prior permission of the farmers, in two rural community that ware participated of the pilot stage of the project. The farmers selected were those that was recognized in the communities as the detainers of traditional knowledge about medicinal plants. Subsequently was made the collection of medicinal plants listed by the informants. The health problems more common and frequent on this rural communities of Mutuípe /BA were: flu, high blood pressure, diabetes, urinary infection, rheumatism among others. The informants reported that the strategy used primarily for treatment of this problems was medicinal plants and later the use of conventional medicines. The part of plants more used was the sheet, followed by fruits, seeds and roots. The predominant way of prepared the medicinal plants was the tea (process of decoction), but other ways such as alcoholic solution, syrup, were used. It was identified twenty-nine families, fifty-four species of plants used for medicinal.